quinta-feira, 27 de maio de 2010

Caminhada

(Marcelo Altyh)

Em meio à madrugada os deixo em casa,
impedimento momentaneo do desejo de ti,
jamais me negariam sua existencia,
Genialidade os impede de errar.

Sábios aqueles que encontram explicação,
Loucos os que preferem não se aproximar dela.

Instante mínimo trará sua maturidade.
Enquanto continuo a escalar-te, vigorosamente,
Já que teu toque me devolverá as cores das quais preciso.

Na pintura de nossa história existem sim partes escuras,
Apenas acabaram por refletir o brillho de teu sorriso.

Mesmo que os espinhos pareçam-me intransponíveis,
o perfume que por entre eles escorre, alimenta-me.

Perdida por entre linhas encontra-se a ordem,
Porém sua insanidade a contêm.

Intacta.
Nunca foi ou será perturbada.

Conselhos seriam um vício a romper.
Enumere-os e verá que são maiores que as próprias indagações.

Sombras se esgueiram por entre meus dedos.
Imortal a chama que clareia a parede dos sonhos.

Desfazer-me de tal abrigo seria uma catástrofe.
Enquanto aqui dentro ainda posso acreditar em mapas.


(MarceloAndrade, o Altyh)